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Sr. Couto, dizia Sá, recomendo-lhe estas perdizes! Estão saturadas de trutas e castanhas.

— Obrigado; é muito forte para mim. Daqui a dez anos, não digo que não.

— Passa-me as perdizes! exclamou o Rochinha piscando os olhos com certa malícia.

— Por favor, Sr. Couto, disse Lúcia rindo, empreste ao Sr. Rocha os seus cabelos brancos! Por esta noite ao menos. . .

— Oh! já não são poucos os que eu tenho.

— Mas não são bastantes, Rochinha, atalhou Sá. Lúcia tem razão.

Esta continuou:

Vou fazer uma proposta.

Muito bem; atenção em ambas as colunas, gritou o velho Couto abrindo os braços.-Proponho...-A minha saúde ?-Um coro com acompanhamento de pratos?-Não! não! Se continuam, subo à rampa!

Silêncio!

— Proponho que esta noite o Sr. Couto seja tratado por Coutozinho, que é mais terno; e o Sr. Rochinha sem o embirrante diminutivo, que lhe dá uns ares de menino de colégio!. . .

Houve explosão de gritos e aplausos.

— Acrescenta, disse o Sá, que Nina chamará o Sr. Couto-nhonhô, e Laura o Rochinha-papai.

— Não admito! O incesto é contra a moral, gritou Lúcia.