Página:Machado de Assis - Teatro.djvu/258

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D. CATARINA - Espera.

CAMÕES - Tão raro é ver-vos!

D. CATARINA - Não afrontemos o céu... podem dar conosco...

CAMÕES - Que venham! Tomara eu que nos vissem! Bradaria a todos o meu amor, e a que o faria respeitar!

D. CATARINA, aflita pegando-lhe na mão. - Reparai, meu Luís, reparai onde estais, quem eu sou, o que são estas paredes... domai esse gênio arrebatado, peço-vo-lo eu. Ide-vos em boa paz, sim?

CAMÕES - Viva a minha corça gentil, a minha tímida corça! Ora vos juro que me vou, e de corrida. Adeus!

D. CATARINA - Adeus!

CAMÕES, com a mão dela presa. - Adeus

D. CATARINA - Ide... deixai-me ir!

CAMÕES - Hoje há luar; se virdes um embuçado diante das vossas janelas, quedado a olhar para cima, desconfiai