perfídia? (Alto.) Adeus, senhor Caminha. (Pára no meio da cena). Por que não tratamos de versos?... Fora muito melhor...
CAMINHA. - Adeus, senhor Camões. (Camões sai.)
CENA X
CAMINHA, logo D. CATARINA DE ATAÍDE
CAMINHA - Ide ide, magro poeta de camarins... (Desce ao proscênio.) Era ela, de certo, era ela que aí estava com ele, no meio do paço, esquecidos de El-rei e de todos... Oh temeridade do amor! Do amor? ele... ele... Mas seria ela deveras?... Que outra podia ser?
D. CATARINA, espreita e entra. - Senhor... senhor...
CAMINHA - Ela!
D. CATARINA - Ouvi tudo... tudo o que lhe dissestes... e peço-vos que não nos façais mal. Sois amigo de meu pai, ele é vosso amigo; não lhe digais nada. Fui imprudente, fui, mas que quereis? (Vendo que Caminha não diz nada.) Então? falai... poderei contar convosco?