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D. CATARINA - Irá ter com El-rei, pedir-lhe-á que o castigue, que o encarcere, não? E por minha causa... Não; primeiro irei eu... (Dirige-se para a porta da direita.)

D. FRANCISCA - Onde ides?

D. CATARINA - Vou falar a El-rei... Ou, não... (Encaminha-se para a porta da esquerda.) Vou ter com a rainha; contar-lhe-ei tudo; ela me amparará. Credes que não?

D. FRANCISCA - Creio que sim.

D. CATARINA - Irei, ajoelhar-me-ei a seus pés. Ela é rainha, mas é também mulher... e ama-me. (Sai pela esquerda.)

CENA XII

D. FRANCISCA DE ARAGÃO, D. ANTÔNIO DE LIMA, depois, D. MANUEL DE PORTUGAL

D. FRANCISCA, depois de um momento de reflexão. - Talvez chegue cedo demais. (Dá um passo para a porta da esquerda.) Não; melhor é que lhe fale... mas, se se aventa a notícia? Meu Deus, não sei... não sei... Ouço passos... Entra D. Antônio de Lima. Ah!