Página:Machado de Assis - Teatro.djvu/308

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CAVALCANTE - Não posso.

D. LEOCÁDIA - Gosto de ver essa pressa; mas, enfim, pode esperar ainda uma semana.

CAVALCANTE - Não, não devo esperar. Quero ir ás pílulas quanto antes; é preciso obedecer religiosamente ao médico.

D. LEOCÁDIA - Como eu gosto de ver um doente assim! O senhor tem fé no médico. O pior é que daqui a pouco, talvez, não se lembre dele.

CAVALCANTE - Oh! não! Hei de lembrar-me sempre, sempre!

D. LEOCÁDIA - No fim de dois anos escreva-me; informe-me sobre o seu estado e talvez eu o faça voltar. Mas, não minta, olhe lá; se já tiver esquecido a namorada, consentirei que volte.

CAVALCANTE - Obrigado. Vou ter com seu sobrinho e depois vou arranjar as malas.

D. LEOCÁDIA - Então não volta mais a esta casa?

CAVALCANTE - Virei daqui a pouco, uma visita de dez minutos, e