Página:Machado de Assis - Teatro.djvu/326

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D. LEOCÁDIA - Em reduzir a China a ano? Mas ele agora quer a vida inteira.

MAGALHÃES - Estás doido?

D. LEOCÁDIA - Sim, a vida inteira, mas é para casar. (D. Carlota fala baixo a D. Adelaide). Você entende, Magalhães?

CAVALCANTE - Eu, que devia entender, não entendo.

D. ADELAIDE (que ouviu D. Carlota) - Entendo eu. O Dr. Cavalcante contou as suas tristezas a Carlota, e Carlota, meia curada do seu próprio mal, expôs sem querer o que tinha sentido. Entenderam-se e casam-se.

D. LEOCÁDIA (a Carlota) - Deveras? (D. Carlota baixa os olhos). Bem; como é para saúde dos dois, concedo; são mais duas curas!

MAGALHÃES - Perdão; estas fizeram-se pela receita de um provérbio grego que está aqui neste livro. (Abre o livro) "Não consultes médico; consulta alguém que tenha estado doente".