Página:Machado de Assis - Teatro.djvu/337

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BARÃO - Se me dá essa honra. Vim sem esperar resposta à minha carta. Dez minutos apenas.

D. LEONOR - Estou às suas ordens.

D. CECÍLIA - Com licença. (À parte, olhando para o céu). Ah! minha Nossa Senhora! (Retira-se pelo fundo).


CENA V

D. Leonor, Barão


(D. Leonor senta-se, fazendo um gesto ao Barão, que a imita).

BARÃO - Sou o Barão Sigismundo de Kernoberg, seu vizinho, botânico de vocação, profissão e tradição, membro da Academia de Stockholmo e comissionado pelo governo da Suécia para estudar a flora da América do Sul. V. Excia. dispensa a minha biografia? (D. Leonor faz um gesto afirmativo). Direi somente que o tio de meu tio foi botânico, meu tio botânico, eu botânico, e meu sobrinho há de ser botânico. Todos somos botânicos de tios a sobrinhos. Isto de algum modo explica minha vinda a esta casa.

D. LEONOR - Oh! o meu jardim é composto de plantas vulgares.

BARÃO (gracioso) - É