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Página:Machado de Assis - Teatro.djvu/365

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D. CECÍLIA (animada) - Oh! deve ser uma questão importantíssima!

D. LEONOR (espantada) - Também tu!

D. CECÍLIA - Só o nome! Perianto. É nome grego, titia, um delicioso nome grego. (À parte). Estou morta por saber do que se trata.

D. LEONOR - Vocês fazem-me perder o juízo! Aqui andam bruxas, de certo. Perianto de um lado, bromélias de outro; uma língua de gentios, avessa à gente cristã. Que quer dizer tudo isso?

D. CECÍLIA - Quer dizer que a ciência é uma grande coisa e que não há remédio senão adorar a botânica.

D. LEONOR - Que mais?

D. CECÍLIA - Que mais? Quer dizer que a noite de hoje há de estar deliciosa, e poderemos ir ao teatro lírico. Vamos, sim? Amanhã é o baile do conselheiro e sábado o casamento da Júlia Marcondes. Três dias de festas! Prometo divertir-me muito, muito, muito. Estou tão contente! Ria-se, titia; ria-se e dê-me um beijo!

D. LEONOR - Não dou, não, senhora. Minha opinião é contra a botânica, e isto mesmo vou escrever ao Barão.