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Página:Machado de Assis - Teatro.djvu/98

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PINHEIRO - Não é uma razão.

VENÂNCIO - Alto lá! Beleza obriga.

PINHEIRO - Pode ser verdade, mas eu peço respeitosamente licença para declarar-lhe que estou com o novo princípio de não-intervenção nos Estados. Nada de intervenções.

VENÂNCIO - A minha intenção é toda conciliatória.

PINHEIRO - Não duvido, nem duvidava. Não veja no que disse injúria pessoal. Folgo de recebê-lo e de contá-lo entre os afeiçoados de minha família.

VENÂNCIO - Muito obrigado. Dá-me licença?

PINHEIRO - Vai rancoroso?

VENÂNCIO - Ora, qual! Até à hora do jantar.

PINHEIRO - Há de desculpar-me, não janto em casa. Mas considere-se com a

mesma liberdade. (Sai Venâncio. Entra Lulu).