Página:Marmores.pdf/135

Wikisource, a biblioteca livre
XVIII
Musa impassivel

O’ Musa, cujo olhar de pedra, que não chora,
Gela o sorriso ao labio e as lagrimas estanca!
Dá-me que eu vá comtigo, em liberdade franca,
Por esse grande espaço onde o Impassivel mora.

Leva-me longe, ó Musa impassivel e branca!
Longe, acima do mundo, immensidade em fóra,
Onde, chammas lançando ao cortejo da aurora,
O aureo plaustro do sol nas nuvens solavanca.