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XVIII
Inverno

A João Luso

Outr’ora, quanta vida e amor nestas formosas
Ribas! Quão verde e fresca esta planicie, quando,
Debatendo-se no ar, os passaros, em bando,
O ar enchiam de sons e queixas mysteriosas!

Tudo era vida e amor. As arvores copiosas
Mexiam-se, de manso, ao resfolego brando
Da briza que passava em tudo derramando
O perfume subtil dos cravos e das rosas...