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Sèvres que fulgurou uma noite em certo boudoir, faiscando centelhas d’astro.

Contudo, quando esse luminoso torturado as vê descendo ou subindo os átrios claros de palácios festivos, altas Walquírias de neve nas pompas orgulhosas das sedas que roçagam, como que fica preso, magnetizado por aqueles aromas fluidos, vivendo na auréola majestosa do clarão que elas de si desprendem; e então, como na cauda constelada e rojante, os fulgores sedosos levam aspirações, sonhos que ficam errantes e que quereriam talvez subir ou descer, opulentamente, como as deusas resplandecentes, os mesmos festivos palácio de átrios claros.

Entretanto, não é aí o amor, o sentimento que se manifesta ainda na alma artística; não é uma expansão afetiva - mas uma verdadeira expressão d’arte, um desejo de posse, que logo invade as naturezas dominadoras, altivas, onde as idéias predominam, atuando, fatais e intensas,