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Na pradaria florida os gorjeios crescem, trinados festivamente cortam o espaço, vôos, rumores d’asas, claros e argentinos ruídos frescos de rios, chiantes carros dormentes de lavouras tomando o vermelho e risonho atalho murmuroso dos campos relvosos, entre a implorativa plangência mugidora dos tardos bois melancólicos;

movimentos agrícolas de enxadas, de sachos e arados, todos os instrumentos e aparelhos rurais, cavando, mondando, preparando a terra para as culturas, avigorando-a e adubando-a, dando-lhe a larga força nutriente aos germes para que ela opere e produza, farte infinitamente a todos de sazonadas colheitas.

E toda essa orquestração da Natureza e do trabalho, todas essas impetuosas, palpitantes correntes da Vida, enchem o ar de alvoroço, de alarido, duma religiosa bênção panteísta e de um cântico enlevador que desce consolativamente sobre