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agora, das fulgurantes estepes, da ostentação militar do Tzar de ferro, ouvindo os clamores da dinamite.

Vens das hirtas margens do Neva para os coruscantes fogos tropicais das terras da América. E chegas ainda virginal e pubescente para a irradiação angélica do Véu, para o simbolismo cândido da Grinalda de flores de laranjeira, para a bênção serena e perfumada do Noivado.

Chegas a tempo...

E se queres um noivo, se andas em busca de um noivo, aí tens, pois, o Luar, frio como essa natureza fria, e alvo, lirialmente alvo, como tu.

Aí tens o Luar...

Envolve-se à sua clâmide de linho, mergulha-te nos seus flocos de prata, ó meiga Eslava triste, meu desmaiado amor e heliotrópio branco dos sonhos, que aqui vieste findar eternamente a vida nessa nostálgica doença nervosa de melancolia que trouxeste do teu país polar, muito