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MULHERES E CREANÇAS

Sejam mais garridas em casa, e sejam-no menos fóra; aspirem á elegancia desprezando os mentirosos artificios; procurem, antes de tudo, agradar á familia e conseguirão a pouco e pouco, sem esforço premeditado, agradar aos estranhos.

Uma familia boa, unida e feliz é como um fóco de calor que attrahe e que irradia luz benefica.

Ha casas onde se entra e onde nos sentimos como n’um meio sympathico e captivante.

São sempre as casas em que a mulher possue a intelligencia do coração, essa cousa rara e preciosa, que suppre a formosura, o talento e todos os attractivos do espirito.

Vestir-se com uma graça despretenciosa e simples, rodear-se de cousas bellas, sentir e communicar em torno de si o prazer das distracções delicadas, ser em casa um perfume vivo, uma harmonia suave que não cansa, uma luz serena que allumia e que não deslumbra, eis o que é ser mulher na accepção completa da palavra.

Toda a mulher tem de ser coquette para o marido emquanto para o marido a eterna tentação for o pômo vedado.

Em geral só se conhecem os dous extremos.

Ou a matrona envolvida na sua virtude como n’uma couraça, temivel, assanhadiça, formidavel, imaginando