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da paz, enquanto o inimigo não os fizesse brandir o terrivel tacape, entesar o arco e asseslar as flechas. Nos bosques, á sombra da verdura, ao murmurio dos riachos, ao fragor da quéda das cascatas, as mulheres, como mães, occupavamse em acariciar os filhos, tingindo-lhes as faces e o corpo, afim de preserval-os das mordeduras dos insectos malignos.

Deitada indolentemente sob um docel de verdura, na sua rede de pennas, emballava-se a filha do terrivel cacique, a princeza «Arco Verde», assim chamada por ser perila atiradora de arco e flecha, rapariga formosa, com requesitos para ser amada, não obstante, aos moços da tribu, ella parecer um tanto esquiva.

Como succedeu na Bahia, e em Pernambuco, houve um portuguez que se tornou o lingua dos aborigenes, e que, tendo ascendencia sobre elles, lhes marcou limites até cerlo espaço, ameaçando de morte a quem por ventura se abalançasse a desobedecer, o que acconteceu aos mais affoitos.

Depois de longa disputa, tempos mais larde, teve nisso influencia o simples poderio da mesma princeza, podendo afinal Duarte Coelho lançar os funilamentos da cidade, nessa galante Marim chamada mais tarde Olinda, pelas phrases que ácima referi: