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a interoperabilidade dos sistemas de informação. Comprometemo-nos a pedir a opinião pública para identificar as informações que lhes sejam de maior valia e prometemos levar tal opinião à maxima consideração.

Apoiar a participação cívica.
Prezamos a participação pública de todos, igual e indiscriminadamente, no processo de tomada de decisões e formulação de políticas. A participação pública, incluindo-se integralmente a das mulheres, aumenta a eficácia dos governos, que se beneficia do conhecimento e ideias das pessoas e de sua capacidade de fiscalização. Comprometemo-nos a tornar a formulação de políticas e a tomada de decisões mais transparente, criando e usando canais para requisitar a opinião pública e aprofundando a participação pública na elaboração, monitoramento e avaliação das atividades governamentais. Comprometemo-nos a proteger a capacidade das organizações sem fins lucrativos e da sociedade civil de operar de forma coerente com nosso comprometimento à liberdade de expressão, associação e opinião. Comprometemo-nos a criar mecanismos para permitir maior colaboração entre os governos e as organizações e empresas da sociedade civil.
Implementar os mais altos padrões de integridade profissional por todas a nossas administrações.
O governo que presta contas exige altos padrões éticos e códigos de conduta para seus funcionários públicos. Comprometemo-nos a ter políticas, mecanismos e práticas fortes contra a corrupção, garantindo a transparência na gestão do dinheiro público e das aquisições públicas e fortalecendo o estado de direito. Comprometemo-nos a manter ou a instituir um sistema jurídico para tornar públicas as informações sobre rendimentos e bens de altos funcionários públicos. Comprometemo-nos a promulgar e implementar leis de proteção a autores de denúncias. Comprometemo-nos a disponibilizar ao público informações relativas às atividades e à eficácia de nossas organizações de prevenção e aplicação da lei em matérias referentes à corrupção, bem como procedimentos para recorrer a tais organizações, respeitando a confidencialidade de informações específicas de segurança pública. Comprometemo-nos a intensificar os elementos dissuasivos contra subornos e outras formas de corrupção nos setores público e privado, bem como a compartilhar informações e conhecimento.
Ampliar o acesso a novas tecnologias para fins de abertura e prestação de contas.
As novas tecnologias oferecem oportunidades para a troca de informações, participação pública e colaboração. Pretendemos dominar tais tecnologias para tornar públicas as informações a fim de possibilitar sua compreensão pelo povo sobre as atividades de seu governo e para influenciar decisões. Comprometemo-nos a criar espaços online acessíveis e seguros como plataformas para prestar serviços, cativar o público e compartilhar informações e ideias. Reconhecemos que o acesso igualitário e fácil à tecnologia representa um desafio e comprometemo-nos a buscar conectividade crescente online e móvel, enquanto também identificamos e promovemos o uso de mecanismos alternativos para participação cívica. Comprometemo-nos a atrair a sociedade civil e a comunidade empresarial para que identifiquem práticas eficazes e abordagens inovadoras para alavancar novas tecnologias que capacitem as pessoas e fomentem transparência no governo. Reconhecemos também que o crescente acesso à tecnologia implica o apoio à capacidade do governo e dos cidadãos de utilizá-la. Comprometemo-nos a apoiar e a desenvolver o uso de inovações tecnológicas tanto por funcionários públicos como por cidadãos. Entendemos também que a tecnologia representa um complemento para informações claras, acessíveis e úteis, não um substituto.
Reconhecemos que o governo aberto é um processo que exige compromisso contínuo e prolongado. Comprometemo-nos a notificar publicamente as ações tomadas para levar a cabo esses princípios, a consultar o público sobre sua implementação e a renovar nosso compromisso à luz de novos desafios e oportunidades.
Prometemos dar o exemplo e contribuir para o avanço do governo aberto em outros países através do compartilhamento de melhores práticas e conhecimento e da tomada de compromissos expressados nesta declaração de forma voluntária, não obrigatória. Nossa meta é fomentar a inovação e impulsionar o progresso, não definir padrões a serem usados como precondição para a cooperação ou assistência nem para classificar os países. Salientamos que para a promoção da abertura é importante uma abordagem abrangente e a disponibilidade de assistência para apoiar o fortalecimento da capacidade e das instituições.
Comprometemo-nos a adotar estes princípios em nossos compromissos internacionais e a trabalhar para cultivar uma cultura global de governo aberto que dê autonomia aos cidadãos e lhes apresente resultados e avance os ideais do governo aberto e participativo do século XXI.
Os países que subscreveu a declaração a partir de 20 de setembro de 2011:
  • Brasil
  • Indonésia
  • México
  • Noruega
  • Filipinas
  • África do Sul
  • Reino Unido
  • Estados Unidos

  • Compromissos em desenvolvimento:
  • Albânia
  • Armênia
  • Azerbaijão
  • Bulgária
  • Canadá
  • Chile
  • Colômbia
  • Costa Rica
  • Croácia
  • República Checa
  • Dinamarca
  • República Dominicana
  • El Salvador
  • Estónia
  • Geórgia
  • Gana
  • Grécia
  • Guatemala
  • Honduras
  • Israel
  • Itália
  • Jordan
  • Quênia
  • Coréia
  • Letónia
  • Libéria
  • Lituânia
  • Macedónia
  • Malta
  • Moldova
  • Mongólia
  • Montenegro
  • Holanda
  • Panamá
  • Paraguai
  • Peru
  • Roménia
  • República Eslovaca
  • Espanha
  • Suécia
  • Tanzânia
  • Trinidad e Tobago
  • Turquia
  • Ucrânia
  • Uruguai