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Página:O Beija-Flor, No. 1, 1830.pdf/26

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Entretanto, o throno, tropheo da Nação, ficava vago; tudo estava ainda duvidoso. O enthusiasmo podia passar as metas; já se tinhão ouvido vivas a Republica: e o partido vencido, Protheo, politico, usava da moderação dos vencedores, e da liberdade illimitada das Imprensa, para espalhar receios, e alimentar os desejos de huma liberdade ampla de mais para que a anarquia não viesse rapidamente a pôz ella. Era pois urgente cortar pela raiz estas esperanças exageradas, ou malvadas. « Mas o throno, penhor de segurança, e unidade, não será jámais considerado como herança divina que põe seu possuidor acima de quanto contracto pode outorgar ao povo. — Somos nós que havemos de outorgar a charta dos nossos direitos, ao Rei que escolheremos para nos governar em virtude d՚ella! »

Isto convencionado, restava eleger para Rei o mais digno. O Duque d՚Orleans, por sua Dignidade, e conducta immaculada, em todas as, fortunas, que combattéra com valor sob a bandeira tricolor, e jamais entrou nos conloios da tyrannia, reunió os votos, e tendo aceito as condições resolvidas, e jurado a Charta dada pelo Povo, foi acclamado Rei dos Francezes, e sua instalação no seio da Representação nacional, em o dia 10 de Agosto, findou a obra da regeneração, e completou dignamente o facto maravilhoso que no espaço de 15 dias, restituio á França sua liberdade, á raca humana sua dignidade, deu aos Povos hum exemplo que