— Franciscus, credis? - perguntava Amaro.
O Matias apressou-se a afirmar, em nome de Francisco:
— Credo.
— Franciscus, vis baptisari?
O Matias:
— Volo.
Então a água lustral caiu sobre a cabecinha redonda como um melão tenro: a criança agora perneava numa perrice.
— Ego te baptiso, Franciscus, in nomine Patris... et Filiis... et Spiritus Sancti.. .
Enfim, acabara! Amaro correu à sacristia a desvestir-se - enquanto a parteira grave, o papá Guedes, as senhoras enternecidas, as velhas devotas e os gaiatos saíam ao repique dos sinos; e agachados sob os guarda-chuvas, chapinhando a lama, lá iam levando em triunfo Francisco, o novo cristão.
Amaro galgou os degraus de casa com o pressentimento que ia encontrar a Dionísia.
Lá estava, com efeito, sentada no quarto, esperando-o, amarrotada, enxovalhada da luta da noite e da lama da estrada: e apenas o viu começou choramigar.
— Que é, Dionísia?
Ela rompeu em soluços, sem responder.
— Morta! exclamou Amaro.
— Ai, fez-se-lhe tudo, filho, fez-se-lhe tudo! gritou enfim a matrona.
Amaro tombou para os pés da cama como morto também.
A Dionísia berrou pela criada. Inundaram-lhe a face de água, de vinagre. Ele recuperou-se um