Página:O Gaucho (Volume I).djvu/158

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— Está em sua casa, amigo, um homem de Alegrete, que chegou neste instante. Queremos falar-lhe!

João hesitou um momento, se devia negar a presença do Loureiro em sua casa. Repugnava-lhe mentir; tanto mais quanto essa mentira era inútil. Os castelhanos tinham naturalmente visto na poeira o rasto fresco do animal.

— O homem está aí dentro, senhores. Agora o falar-lhe, é outra coisa. A que respeito?

— Sobre um negócio urgente.

— Mas qual é?

— Ele sabe.

— Ah! é o negócio que ele sabe? disse o Canho sorrindo.

— Justo!

Pois esse pediu-me ele que o tratasse em seu nome.

— E o amigo aceitou?

— Por que não? Estou pronto sempre a servir um patrício.

— Pois olhe, desta feita não andou bem, asseguro-lhe.

— Veremos.