Página:O Gaucho (Volume I).djvu/195

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— Juca!... Juquinha!... tome, tome!...

Correndo a ela o poldrinho, cingiu-o ao solo e o levou a Manuel.

— Ande, sô Juca, ande, venha abraçar o mano! Assim!...

A exclamação da menina, ao ouvir o nome do poldrinho, fora direita ao coração do gaúcho. Aplaudindo essa ressurreição de um ente querido na pessoa do lindo animal, Jacintinha entrara no ádito daquela alma exilada da sociedade humana. Juca era o elo que os unia, pois a menina se elevava até ele, considerando-o como um irmão. Pela vez primeira, Manuel estreitou a irmã ao peito, cingindo-a e ao poldrinho em um mesmo abraço. A égua veio roçar a cabeça ao ombro do gaúcho; e assim consagrou-se a doce comunhão daquela nova família.

— E ela?...

— Chama-se Morena, respondeu o gaúcho, beijando a baia entre os olhos.