que um homem não a possa montar, e sómente um gambirra; acodiu com ar sardonico um dos camaradas.
Os outros applaudiram.
— Uma cousa é rir, amigos, e outra fazer: redarguiu o chileno.
— Pois sem duvida que se ha de montar, D. Romero; disse um invernista de S. Paulo.
— Quer experimentar?
— Mande o senhor puxar a sujeitinha cá para o terreiro! disse erguendo-se um paraguayo.
D. Romero dirigiu-se ao dono da pousada:
— Faz favor, amigo, para satisfazer aos senhores.
Emquanto se foi buscar o animal que estava preso á soga no pastinho, contou D. Romero, como em caminho o apanhara de sorpreza perto de um desfiladeiro, a três dias passados. Desde então fizeram elle, e os dois camaradas que trazia, os maiores esforços para montal-o; mas desistiram.
— Ainda não encontrei quem se atrevesse! concluiu o chileno.
Um sorriso incrédulo, no qual se embebia soffrivel dose de arrogância e motejo, circulou pelos campeiros.