Página:O Momento Literario (1908).pdf/230

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a literatura é sempre prejudicial, com suas apoteoses aos amigos e conluiados, enchendo-os de vento e vaidade, e o silêncio matador para os desafetos ou indiferentes. Dos conciliábulos das redações e dos chopps íntimos saem sempre as coteries e as consagrações das mediocridades, em torno das quais chocalham os guizos da fama (!), desviada a atenção pública do verdadeiro mérito, iludida pelas fanfarras, entontecida pelo fumo do incenso queimado em turíbulos de folha de Flandres."

O autor do Ideólogo, aliás uma alma delicada e simples, não compreende que já não estamos no tempo dos gênios ignorados...