com a autorizada opinião de S. Exª. para a minha consagração de poeta novo.
Infelicidades da vida, que queres?
Outros críticos veneráveis perderam-se num estranho labirinto de considerações e rebuscamentos, e lá fui eu levado, aos trambolhões, das asas de Ícaro aos quadros de Puvis de Chavannes, por todo o longo espaço de um substancioso rodapé do Sr. Araripe Júnior, onde se exclamava a respeito do simbolismo: "De onde provém o Universo, perguntava o Rishi ao Rig Veda?"
Descobri-me respeitoso e embasbaquei...
Foi este o mérito exterior do meu primeiro trabalho. Pôs tonta a indigesta crítica nacional e os que não puderam apresentar méritos de uma erudição medonhamente cacete, insultaram-me, chamando-me até de "mistificador".
Entretanto, João, eu havia feito convencidamente um livro honesto e sincero; era assim a minha compreensão literária na época e foi assim que a executei.
A Agonia representava valorosamente a iniciação do meu sentimento de poeta, naquele agitado período de transição, e trazia na expressão do meu verso novo e trabalhado um grande feitio de apuramento e de remodelação de toda a minha alma de sentimental.
E eu sentia gloriosamente que a minha doce e amada Poesia perdera aquele jeito capadócio