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Pode ser indicado o nome de Pacheco Júnior, o último, cronologicamente falando, dos velhos mestres, como o iniciador de uma fase inteiramente nova para a filologia indígena, imprimindo-lhe uma orientação muito diversa da que até então era seguida — orientação que foi largamente firmada por Júlio Ribeiro, João Ribeiro, Maximino Maciel, Alfredo Gomes e outros gramáticos de nota.

Ao meu ver, os melhores dos prosadores atuais são: Rui Barbosa, Carlos de Laet, Machado de Assis, Coelho Neto, João Ribeiro, Medeiros e Albuquerque, Alcindo Guanabara, Olavo Bilac, Artur Azevedo...

No romance nada de novo observo, no momento atual; nenhuma movimentação de idéias há que se traduza em escolas definidas. Apenas vagas aspirações para o romance social, que só mais tarde, com uma maior aceitação das correntes socialistas que convulsionam as sociedades européias, poderá frutificar entre nós. Continuo a preferir os velhos romancistas — Macedo, Alencar, Machado de Assis, Taunay, Aluísio... — ao que atualmente surge sob as formas aparentes de idealizações humanas e sociais.

Na poesia é incontestável o nosso estacionamento. Os mais notáveis representantes da poesia atual ainda pertencem a essa geração de poetas que, nascidos há pouco mais da metade do século findo, começaram a vicejar dos