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últimos anos da década de 1870 em diante. Geração que despontava para o encontro de novas formas de estética, que em França surgiam e repercutiam entre nós, cabia-lhe manter a elevação dos últimos românticos, sem quebra de continuidade, ou sem interromper a ligação existente entre as cousas sucessivas, como diria Taine, verificando um dos elementos da sua lei das condições. Era com efeito um grupo que irrompia forte e vigoroso pelo talento, do qual outros poderiam ser indicados além de — Artur Azevedo, Foutoura Xavier, Correia de Azevedo, Teófilo Dias, Batista Massena, Augusto de Lima, Múcio Teixeira, B. Lopes, João Ribeiro, Alberto de Oliveira, Ciridião Durval, Afonso Celso, Raimundo Correia, Martins Júnior, Luís Murat, Xavier Marques, Rocha Filho, Cruz e Sousa, Adolfo Caminha, Teotônio Freire, Francisco Lins, Olavo Bilac, Adelino Fontoura, Alexandre Fernandes, Guimarães Passos, Emílio de Menezes, Bento Ernesto Júnior... Estes nomes garantiriam à poesia o mesmo vigor, a mesma exuberância com que ela vinha revestida, se não lhes fosse dado surgirem precisamente num momento de temerosa crise para a arte, que se sentia sacrificada ao surto de correntes várias e indecisas, de escolas não definidas, de embates mal dirigidos e extravagâncias curiosas. O ideal artístico ressentira-se em meio de tantas