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consagrados; não. Venero-os, e possivelmente os leio com acatamento e fastio.

2º. — Qual prefiro de minhas obras? ... Quem não aspirou ainda ser autor de uma obra ou de muitas obras? Eu, como todo o mundo. Das minhas, prefiro certamente as que não escrevi, e, se um dia isso for passado ou presente, a que não escreverei. Realizar o ideal é degradá-lo. Isso pode ser acaciano, mas explica a razão de minha preferência.

3º. — Não, não me parece que no momento atual haja estagnação literária no Brasil. Ao invés, lembro que, à parte Alencar e Castro Alves, quase todos os nossos grandes engenhos literários vivem, e fecundos ainda. Se são precisos nomes, os de Machado de Assis e Aluísio Azevedo, Olavo Bilac e Raimundo Correia, José Veríssimo e Araripe Júnior, Joaquim Nabuco e Rui Barbosa, João Ribeiro e Medeiros e Albuquerque, Coelho Neto e Júlia Lopes, Graça Aranha e Domingos Olímpio, Afonso Arinos e Euclides da Cunha... e tantíssimos outros, romancistas, poetas, críticos, panfletários, polígrafos... deporiam favoravelmente.

Respeito a luta entre novos e definitivos, nada há a dizer de novo, porque isso é já definitivo: os que chegaram e venceram estão senhores da situação; os que chegam e os agridem desejam aquela vitória e esta situação. Isto se faz as