Página:O Momento Literario (1908).pdf/337

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salutares para as nações fortes e de conseqüências irreparáveis para as nações pusilânimes, será chamado a testemunhar da nossa vontade vitoriosa, da nossa colaboração ativa e pertinente na obra de civilização e de progresso, do nosso direito de existência como povo livre, isto é, uma geração, robusta e sadia, muito diferente da nossa, melhor que a nossa, que saiba querer e saiba vencer, apta para conquistar os bens que não nos foram consentidos e, sobretudo, capaz de realizar pelo braço o que tiver sonhado com a mente.

Grávida do futuro! Que imensa perspectiva para esta raça de avariados, sombria, morna, vencida, sem paixões viris, sem entusiasmos frementes, nem alegrias tonificantes, e que ameaça extinguir-se pela impotência de uma senilidade precoce!

Mas não haverá por aí quem invente a fecundação artificial? Magnífico assunto para o seu próximo questionário, caro Sr. João do Rio, mais útil, mais atual e positivamente mais produtivo..."

A última ironia zaratustreana, aquela exclamação extática pela perspectiva da nossa raça grávida do futuro, não me tira do assombro de todo esse sistema reformador e forte. Talvez o Sr. Alberto Ramos tenha muita razão.

Felizmente já vamos subindo a montanha. Os clubes de regatas começam a transformação...