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ao Vase-brisé, que, entretanto, não há quem desconheça. Não é de crer que Olavo Bilac prefira o seu soneto "Ouvir Estrelas...", nem Raimundo Correia "As Pombas".

Quanto a mim, de tudo quanto tenho escrito nada me desagrada menos que o prefácio do livro de Coste — Fenômenos psíquicos ocultos, livro editado pela casa Garnier. Esse prefácio, que tem cerca de 80 páginas, mereceu críticas do Dr. Manuel Bomfim, do Dr, Araripe Júnior, e suscitou diversos outros reparos. Espero um dia responder a eles. Nessas páginas eu penso ter formulado uma lei digna de estudo. É certo que a palavra lei se presta a várias acepções. Mas Ribot chama leis empíricas as que "consistem na redução de um grande número de fatos a uma fórmula única, embora sem dar sua razão explicativa. " E isso pelo menos eu suponho ter conseguido. Mas seja ou não um engano da minha presunção de autor, o certo é que nada escrevi com alegria maior.

Dos meus contos, os que eu acho menos ruins são: "Flor Seca", "As calças do Raposo", "O presente de Vovô" e "Noivados Trágicos". Das minhas poesias? "Resposta a uma propaganda", "Noiva Perdida" e o soneto "Pudica".

E agora a terceira pergunta.

Francamente, eu não distingo neste momento em nenhuma das literaturas que conheço "escolas literárias", na acepção estreita que dantes