Página:O Reino de Kiato.pdf/60

Wikisource, a biblioteca livre
CAPITULO VIII
O IMPOSTO E A MORTE


O transatlantico em que aportára a Kiato já tinha reparadas as avarias e estava prompto a proseguir a viagem.

King, irresoluto, não sabia si partiria ou si ficaria concluindo o estudo d’aquella gente. Havia corrido toda a Europa, viajado pelas duas Americas, visto povos exquisitos, mas nenhum se assemelhava ao kiatense.

Na vespera da sahida do «The Queen», ainda indeciso, conversava pela manhã com Robert. Trocaram idéas e tiveram confidencias como ainda não haviam tido.

O hoteleiro estava lá havia quinze annos. O imprevisto tinha-o deixado entre aquelle grande povo. Viera a Kiato, num navio inglez, comprar porcelanas e sedas para revender em Londres. Hospedara-se naquelle mesmo hotel, então propriedade de um francez, Paul Bertin.

Dois dias depois, um marinheiro do navio em que viajava, veio a terra, embriagado. O castigo não não se fez esperar; preso e enviado para bordo, foi o navio intimado, por um dos vasos de guerra da marinha nacional, a suspender ferros e deixar immediatamente as agiras do Reino.