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O reino de Kiato
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ram do centro da terra e subitamente se crystalisaram quando cahiram nagua.

A vida manifestou-se primeiro no seio das aguas. Os vestigios do primeiro animal inferior, que a paleontologia encontrou, foram do «ezoon canadense», no terreno Laurenciano da epocha paleozootica.

A primeira cellula vegetal, ou antes, o primeiro organismo uni-cellular não se encontrou. A monera, laço de união que liga as duas cadèias organicas, vegetal e animal, não foi achada. A vida havia de facto, diz o autor, apparecido em um meio todo inorganico. Quem creou a primeira cellula, deu-lhe vida, mysterio que até hoje não foi desvendado pela sciencia.

A paleontologia, estudando os terrenos, encontra as algas marinhas ao lado dos zoophitos. As duas cadeias ou, antes, os dois reinos vivos foram crescendo, aperfeiçoando-se e, quando ás suas especies o meio se lhes tornava inhospito, passaram a viver na terra.

Como nas aguas cresceram as plantas crassas, as cryptogamas, e á sombra dellas os vermes rastejaram, não tardou o aperfeiçoamento das especies, a creação de novos seres. Os vegetaes phanerogamos ostentaram as suas frondes, com flores e fructos, immensas florestas, a cuja sombra pastavam os grandes pachidermes.

A evolução dos reinos vivos, narrada pela Biblia, comprovara-se pela paleontologia. O ultimo elo da cadeia animal fôra o homem, dizia o livro santo.

A regular gradação na escala da vida, desde a monera até o homem, foi a tentação de Darwin. Nesta evolução progressiva, julgou achar a solução do grande problema: estava explicada, pelo «transformismo», a origem