o juizo de que ellas eram communs á familia tupí-guaraní, e além de conter um codigo de moral, são preciosos documentos para investigar-se o que constituia o fundo geral do pensamento humano, quando o homem atravessava o periodo da idade de pedra.
O que venho, pois, trazer ao conhecimento desta associação, são curiosas paginas de uma litteratura que d’aqui a alguns annos terá desapparecido, porque ella não se conserva em monumentos escriptos, e sim na tradicção dessa pobre raça aborigene, que, pela inflexivel lei da selecção natural, ha de estar dentro em alguns annos perdida e confundida dentro da nacionali-dade brazileira.
Esta primeira collecção é ainda muito incompleta; o trabalho de colleccionar estas eousas é muito difficil: todo aquelle que tem lidado com homens selvagens, terá conhecido For propria experiencia o quão pouco communicativos são elles em tudo quanto diz respeito às suas idéas religiosas, suas tradições, e suas lendas didacticas. Elles têm medo que o branco, o cariua, se ria delles, e, entre os selvagens, assim como entre nós que nos julgamos tão superiores a elles, o amor proprio é a força moral preponderante.
O Sr. Angelo de Gubernatis, professor de sanscrito no Instituto superior de Florença, publicou em Londres uma obra, hoje tradusida em francez, na qual demonstra que as tradições populares entre os povos da Europa decorrem todas dos Vedas, e são ex-