Página:O Tronco do Ipê (Volume I).djvu/134

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A baronesa abanava-se com um rico leque de madrepérola; D. Luíza arranjava em ramalhete as violetas espalhadas sobre um lenço de fina cambraia. D. Alina gesticulava.

A alguma distância deste grupo, junto à janela, estava sentada uma senhora desfeita e pálida, vestida de preto e com extrema simplicidade. Era D. Francisca, viúva de José Figueira e mãe de Mário; trabalhava em malhas de lã; e constantemente volvia os olhos à janela, alongando-os pela encosta da colina, onde se desdobravam até à margem do rio, o jardim, a horta, o pomar e a várzea. Naturalmente seu pensamento acompanhava o filho no passeio.

— Não sei o que me vai acontecer! Tenho um aperto de coração! murmuravam seus lábios descorados.

Numa das extremidades da varanda passeava distraído um homem de boa presença, alto e robusto. A cabeça, que ele às vezes erguia por um esforço, ia a pouco e pouco insensivelmente descaindo sobre o peito.

Era o barão.

Tinha uma sobrecasaca, de casimira escura, abotoada, no peito da qual metia a mão direita. Este hábito, contraíra ele