Página:O Tronco do Ipê (Volume I).djvu/135

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desde muitos anos para disfarçar o aleijão da mão direita. Outrora vaidoso de sua bonita mão, sentia agora desgosto profundo por causa desse defeito; e diversas vezes pensara em sujeitar-se a uma operação para amputar aquele membro inútil e ridículo. Mas cousa singular, ele, de coragem provada, tinha medo!

— Estou arrependida depois que deixei Adélia ir a esse passeio, dizia D. Luíza lançando um olhar para a janela. O sol já está tão quente!

— A senhora também tem tantos cuidados com sua filha, D. Luíza; é demais, acudiu D. Alina.

— Eu não sou assim com Alice, quero-lhe muito bem, mas deixo-a brincar a seu gosto, observou a baronesa.

— Pois olhe, baronesa; pelo meu gosto, Adélia não ia a parte alguma sem mim. Olhos de mãe sempre veem mais!... Felizmente minha filha é muito boa menina; não podia ser melhor; conta-me tudo. Não é capaz de fazer a menor cousa sem minha licença; nem mesmo comer uma bala.

— Isto é o que a senhora pensa!