Página:O Tronco do Ipê (Volume I).djvu/137

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precisava de um elemento para sua atividade incessante, tinha necessidade de ocupar com a filha todo o tempo que lhe deixavam os bailes e teatros. Ela obedecia assim no mesmo tempo ao estímulo do amor materno, e a uma condição de seu organismo.

A baronesa ao contrário, espírito indiferente, natureza inerte, não tinha energia bastante para animar sua própria existência, quanto mais para desperdiçar em desvelos incessantes pela filha, que sem isso crescia bonita e sempre alegre. Ela amava a Alice como se ama na idade do egoísmo, sem extremos, com uma igualdade calma e inalterável.

Quanto a D. Alina, não tinha opinião sobre este, como sobre qualquer outro assunto. Aquela mulherzinha mirrada e titilante não passava de um cartão para amostras de rendas e fitas; fora disso só sabia intrigar. Adotou a opinião da baronesa, porque era a da dona da casa, onde ela acabava de chegar com intenção de passar algumas semanas. Três dias depois, talvez já não fosse capaz daquela fineza.

— Venha decidir a questão, senhor conselheiro! exclamou D. Alina para uma pessoa que entrava.