Página:O Tronco do Ipê (Volume I).djvu/140

Wikisource, a biblioteca livre

quebrando na ponta do botim a cinza do charuto.

— Um fazendeiro do sul da província, o Joaquim Freitas, que deseja ser barão...

— Hanh!...

— Conhece-o?

— De nome apenas.

— É a primeira influência eleitoral do colégio; além disso deu doze contos de réis para as obras do Hospício. Mas o homem embirrou! A princípio não queria dar mais do que uma comenda; por fim, como já se tinha recebido o dinheiro e podia haver um escândalo, consentiu no baronato; porém não aparece nome que sirva. Já corremos todos os santos da folhinha, e todos os rios da província... O Freitas insiste por Barão do Socorro; mas eu já me contentava em fazê-lo barão de qualquer cousa. Há dois meses que estou nesta lida.

— Tive agora uma ideia, Excelentíssimo. Proponha Barão da Espera, disse Lopes com um sorriso prismático.

— Da Espera... Por quê?

— O Freitas mora pelas margens do Paraíba; e como nos rios sempre há uns pontos chamados