ramos secos de arruda e mentruz, ossos humanos, cascavéis e dentes de cobras.
— Que quer dizer isto, pai? perguntei-lhe eu apontando para as cruzes.
O velho soabriu os olhos, toscanejando, e murmurou com a voz cava:
— Boqueirão!...
Como bem se presume, não entendi.
— Você vive só, neste lugar?
Levantando as mãos, invocou o céu em testemunho de seu isolamento; e outra vez resmoneou como um eco roufenho:
— Boqueirão!...
Dessa vez julguei compreender. O velho estava caduco.
Acomodei-me à sombra sobre a relva para esperar que o sol descambasse. O preto de seu lado, como um instrumento perro a que houvessem dado corda, começou a cantilena soturna e monótona, que é o eterno solilóquio do africano. Essas almas rudes não se compreendem a se mesmas sem falar para ouvirem o que pensam.
A brisa trazia-me por lufadas trechos da cantilena,