Página:O Tronco do Ipê (Volume I).djvu/221

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apuro e elegância, e outros ainda em fralda de camisa, mostrando muito sem-cerimônia, as pernas de pano, de louça, de pau ou de cera.

Alice, sentada em um banquinho de almofada, com o regaço cheio de mil cousas tiradas das cestas e baús, estava ocupada em fazer a distribuição e arranjo da festa, ajudada por Eufrosina e Felícia. Do outro lado, Adélia, acomodada em uma cadeira baixa de costura, acabava o trajo de noivado de uma formosa boneca de cera. De joelhos aos pés da menina, o Lúcio com sua habitual galanteria, adivinhava os desejos da menina para satisfazê-los, procurando no tapete já o véu de renda, já a grinalda de flores, o lenço ou o leque.

A causa de todo esse alvoroto que ia pelo mundo das bonecas, talvez ninguém se lembre dela. Pois não era outra senão aquele casamento de D. Elisa com o Dr. Oscar; casamento sobre o qual as meninas tinham conversado no pomar, por ocasião do fatal passeio à cabana de pai Benedito.

Essa união, que estava projetada para outro domingo, não pôde ter lugar em virtude do desastre. Festejando-se porém naquele dia a sua salvação