Página:O Tronco do Ipê (Volume I).djvu/31

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queria, era isso mesmo.

— Não é nada, Eufrosina. Um bocadinho d’água, disse o pajem correndo para o repuxo.

Mário tinha tirado uma segunda rosa, mas não se resolvia a dá-la a Alice; foi preciso que esta entre um sorriso e um receio lha tirasse da mão tímida. O menino ficara imóvel e pálido, com os olhos fitos na gota vermelha que borbulhava no dedo de sua companheira. De repente apoderando-se da mãozinha mimosa com um gesto arrebatado, sugou o sangue até estancá-lo como fazíamos nós em criança quando nos feríamos em alguma travessura.

Alice olhava-o sorrindo e já esquecida da dor. Encontrando o olhar da menina, Mário com o mesmo arrebatamento largou-lhe a mão ; e envergonhado, quase arrependido do que fizera, continuou a fustigar os arbustos, aplicando também por diversão uma cipoada nas canelas do Martinho.

A menina trançando a rosa nos cabelos, disparou em nova corrida.

— Nhanhã Alice, onde vai? Olhe o que já sucedeu!