Página:O Tronco do Ipê (Volume I).djvu/64

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— Há de ficar boa logo; eu já rezei a Nossa Senhora! exclamou Alice.

— Reza, reza nhanhã. Deus lhe há de pagar.

Dizendo isto, a tia Chica descobriu o marido em pé na porta da cabana.

— Olha, calunga; você ainda não viu o presente que nhanhã me trouxe. Como eu vou ficar chibante, hein!

Enquanto Benedito examinava gabando o vestido e o xale de lã bem como um adereço de miçangas azuis, que Alice trouxera para sua vovó preta, Chica pela terceira ou quarta vez julgou-se obrigada a abraçar a menina e beijá-la com efusão:

— Está com inveja, calunga? disse a preta sorrindo para o marido.

— Também eu tive quem se lembrasse de mim; não foi você só.

— Ah! deixa ver!

— Não se mostra.

Mário agradeceu ao preto com um olhar aquela reserva.

— Não é capaz de ser tão rico nem tão bonito como o meu! replicou a tia Chica.

— Mais!...

— Não, Benedito, você não