Página:O Tronco do Ipê (Volume II).djvu/110

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que fugia-lhe correndo ao redor da mesa e exasperando a mucama com as caretas que lhe fazia:

— Cada beiço, assim, como orelha de porco... Tapuru era mato... chegava a sair pelos olhos.

— Eu te esgano; só se não te pegar.

A entrada do Sr. Domingos Pais suspendeu as hostilidades, não porque a sua presença inspirasse respeito, mas porque um sinal do compadre indicara a aproximação dos donos da casa.

Com efeito passaram o barão e a baronesa conversando.

— Então não há hoje um copinho de cerveja! Está um calor!

— Ah! Senhor Domingos Pais, agora mesmo almoçou; e comeu uma ruma de biscoutos para enxugar o estômago.

— É por isso mesmo, Martinho. Enxuguei demais; preciso molhar.

— A merenda já vai p'ra a mesa! disse a Vicência.

Com essa esperança consoladora, o Sr. Domingos Pais foi esperar a cerveja, em uma janela do oitão, roendo as nozes e amêndoas de que enchera as algibeiras do rodaque de merinó cor de garrafa. Distraído, estremecendo ainda ao lembrar-se do gamão,