Página:O Tronco do Ipê (Volume II).djvu/114

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para você, que para mim ainda está cheia de recordações; é um ninho... Vê aquela pimenteira? Ali armava você a arapuca para apanhar sabiás que às vezes me dava, e depois os soltava da gaiola por pirraça! Não se lembra?

— Esqueça esse peralta, Alice!

— E eu também não tinha as minhas birras?... Acolá embaixo daquela parreira passei uma manhã inteira chorando, porque você não queria passear comigo! Esta vereda sabe onde vai dar? Olhe, lá embaixo perto do canavial; não vê o córrego? Um dia, eu por força queria passar para o outro lado, você me carregou nos braços...

— Ao menos desta vez fui cavalheiro!

— Espere; apenas me deitou da outra banda, fugiu, deixando-me sozinha a gritar!

— Recordo-me, disse Mário rindo a seu pesar.

— Ah! Já se lembra! E o jambeiro? lá, passando a parreira. Que estripulias fez nhonhô Mário no dia em que eu caí no boqueirão, donde ele me tirou com risco de sua vida! E você quer que eu o esqueça? disse Alice repousando no semblante do moço um olhar de inefável doçura.

Mário se tornara