— Que pena! E fico eu sem esse triunfo?
— Não lhe faltarão outros mais esplêndidos.
— Nenhum vale este! acudiu Adélia brincando com a flor e roçando as pétalas nas faces.
— Depois desta, vou-me decididamente embora.
— Pretende eclipsar-se de novo deixando-nos às escuras, como estes dias passados em que ninguém o viu a não ser no jantar e isso mesmo de relance? Onde andou todo esse tempo? Passeando... só?... perguntou Adélia com o mesmo tom de maliciosa afabilidade.
Mário ficara pensativo.
— Passeando, repetiu ele quase maquinalmente.
— Tanto lhe aborrecem as nossas reuniões, que o senhor prefere ver os matos! Pela minha parte agradeço-lhe a fineza.
— Nem sempre, D. Adélia, é essa a causa de nos afastarmos.
Estas palavras foram ditas com uma entonação profunda.
— Qual é a outra? inquiriu a moça reparando na expressão de Mário.