Página:O Tronco do Ipê (Volume II).djvu/221

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desconfiou que o filho dela, esse boneco do Lúcio, não era filho dele; e não houve quem lhe tirasse mais isso do juízo.

“Foi então que se lembrou de passar todos aqueles papéis das dívidas de mentira... E passou todos, dos outros, para Sr. Joaquim de Freitas, porque como ele era muito amigo, unha com carne, de meu senhor moço, a cousa ficava segura. Mas o velho que não cochilava, quis sempre que ele escrevesse no papel, para a todo o tempo se saber.

“Tudo isto foi naquela noite, no quarto do velho, quando chegou Sr. Joaquim de Freitas que depois saiu comigo para vir esperar aqui meu defunto senhor moço José Figueira; e eu me lembro bem que já estava na porta, da banda de fora, quando enxerguei o velho entregar a ele o papel, e Sr. Joaquim de Freitas, que também enxergou.

“Já estava tarde muito; e eu que queria ver meu senhor moço quando voltasse para lhe tomar a bênção, e fazer festa a ele como costumava, deitei-me ali em cima na pedra do quintal, donde se avista o caminho; e estava assim pescando, como quando a gente nem acorda nem dorme e vai caindo no sono,