Página:O Tronco do Ipê (Volume II).djvu/227

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A menina abaixou a cabeça.

— Queres apostar? disse o barão gracejando.

Esse tom a surpreendera; fitou os olhos no semblante do pai, ele não a enganava. O contentamento brilhava-lhe no semblante; se ele se alegrava, quando a via triste e abatida, é porque tinha realmente o meio de fazê-la feliz.

— Então?... exclamou ela cheia de esperança.

— Há de ser teu marido!

— Mas esse mistério!...

— Ideias de moço!... Não te preocupes com isto; a esta hora já está arrependido!

Alice duvidava ainda.

— Sossega: procura dormir um pouco. Quando menos esperares... Sou eu que te hei de pedir as alvíssaras!

Ao despedir-se, o barão abraçou com efusão a filha, e cobriu-a de beijos, dizendo-lhe meiguices e gracejos. Quando porém transpôs o limiar da porta, a emoção, que por muito recalcara, irrompeu-lhe em soluços e pranto.

Felizmente estava deserto o corredor, e ele pôde ganhar seu gabinete sem que o vissem naquele estado de perturbação.