Página:O Tronco do Ipê (Volume II).djvu/230

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— Já sei que está ocupado! gritou o comendador entrando. Mas a demora é pouca.

— Estou fazendo meu balanço! respondeu o barão com um sorriso.

— Ah! boa safra, já se sabe?

— Sofrível.

— Aí uns cinquenta contos, hem?...

— Não chega a tanto.

— Pois, meu amigo, já que tocamos no ponto, vou dizer-lhe o que me trouxe hoje aqui. O Frederico parece que está caído pela filha do conselheiro; portanto é preciso que decida sobre a Alice. Eu cá prefiro o sólido; mas isso de rapazes...

— Eu pensava que era cousa já decidida.

— O que, homem?

— O noivo de Alice é Mário.

— Hanh!... Bem me dizia a D. Alina. Leva um bom dote o maganão; mas enfim...

— Acabe! exigiu o barão franzindo o sobrolho.

Perturbado, o comendador buscou disfarçar a sua malícia com uma pilhéria, afogada como de costume em um gargarejo de riso grosso e gutural.

— Mas enfim... tocou-me o conselheiro, que