Página:O Tronco do Ipê (Volume II).djvu/245

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compadecerá de mim, pois deste mundo nada mais posso esperar!

E o barão de novo arredou-se.

— Não! Não consinto! exclamou o mancebo adiantando-se.

— Só o marido de Alice tem o direito de impedir-me.

Mário curvou a cabeça, dominado pela implacável tenacidade desse coração de pai, contra o qual se chocava a inflexibilidade de seu caráter.

— Siga o impulso de sua alma; não se condene à desgraça pela culpa de outro, Mário, não sacrifique esterilmente seu futuro! Seu pai... se estivesse aqui neste momento, lhe ordenaria... eu acredito... que seja feliz e faça a felicidade daquela que o ama!

Não terminou o barão. Uma voz surda e cavernosa, que reboou no seio da terra, cortou-lhe a palavra, e derramou em sua alma, como na de Mário, um espanto repassado do respeito que infundem os mistérios de além-túmulo.

— Perdoa!... Perdoa!... repetia o eco subterrâneo.

Em princípio dominado pela impressão profunda, e possuído