Página:O Tronco do Ipê (Volume II).djvu/253

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a dos anos, uma infância do amor, a encher-lhe a alma, e tanto, que não coubesse ali mais recordação de tempos ingratos.

O Barão da Espera dotou em cinquenta contos de réis a Adélia, sua afilhada, para que ela se casasse com Lúcio. Foi um pedido de Alice, a quem Mário inspirara essa ideia, como compensação da herança de que o velho Comendador Figueira privara o filho de D. Alina.

Ainda existe esta senhora e ainda conserva as duas paixões de sua vida, que foram sempre, as fitas e as intrigas. Deve em todos os armarinhos; e quando não tem que fazer, enreda o filho com a nora.

O nosso conselheiro provou afinal das uvas imperiais que por muitos anos estiveram verdes. Conseguiu uma pasta, que durante dois meses fora enjeitada por diversos, enquanto ele namorava com paixão a ingrata! O casamento da filha não podia vir mais a propósito, para dar-lhe um genro que servisse de oficial de gabinete em falta de um filho.

No ministério do Lopes foi enfim demitido o subdelegado que já se tinha em conta de vitalício. Parece que o homem se atrevera a prender o capanga