Recobrando a afouteza própria de seu caráter a menina entrou e correu ao encontro do mancebo.
— Mário!...
Este cortejou-a respeitosamente. Alice esperava que ele a abraçasse, e tinha-se aproximado palpitante, incendida de rubores, com a esperança de receber e retribuir aquele carinho que devia pagar-lhe tantas saudades, como curtira durante a longa ausência.
Vendo Mário afastar-se, ela refugiou-se no seio do barão, e aquele abraço, que não se animava a dar ao amigo de infância, foi confiá-lo ao peito de seu pai como um segredo mútuo. Compreendeu o barão o que passava n'alma da filha.
— É Alice, Mário. Você não a conheceu?
— Logo! respondeu o moço com intenção.
— Pois então, suponham que ainda são os dois meninos que brincavam juntos. Abracem-se.
E o barão impeliu docemente a filha, cujo talhe de sílfide Mário cingiu de leve com o braço trêmulo.