Página:O Tronco do Ipê (Volume II).djvu/53

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entre a folhagem na direção da capela; e suspeitando-lhe a intenção, acompanhou-o de longe.

No fundo da pequena ermida, via-se encostada na parede uma carneira que servia de jazigo a D. Francisca. Mário, tendo sabido poucas horas antes que ali repousavam as cinzas de sua mãe, vinha visitar aquele sítio.

Saudades roxas e perpétuas cobriam o túmulo singelo sobre o qual a copa verde-negra dos ciprestes derramava uma sombra merencória. O viço das flores, a disposição regular das plantas, e o chão varrido, indicavam a solicitude de uma mão terna e piedosa.

Mário teve o pressentimento de que essa mão era de Alice. Colheu uma saudade, e, depois de beijá-la, desfolhou-a sobre o túmulo de sua mãe.

Alice, que vira de longe todos os movimentos do moço, ocultou-se entre o arvoredo, quando ele voltava. Receou perturbar o recolho daquela mágoa, para a qual não havia consolo.

Terminava o breve crepúsculo que precede as noites tropicais.

As visitas acompanharam o barão à varanda,